Os elasmobrânquios constituem um grupo de peixes cartilaginosos, com mais de 1.000 espécies descritas e conhecidas em todo o mundo, e que inclui os tubarões e as raias. Os tubarões são distribuídos em todos os mares e oceanos, já as raias são marinhas ou dulce-aqüícolas.
Os primeiros registros fósseis dos peixes cartilaginosos datam de aproximadamente 425 milhões de anos atrás, início do período Devoniano, quando esses peixes dominavam os mares e oceanos primitivos. Apesar das inúmeras modificações ocorridas nas condições ambientais do planeta, os peixes cartilaginosos são testemunhas da evolução, conseguiram se adaptar e continuam habitando os mares atuais.
Os tubarões possuem corpo em formato fusiforme (geralmente), as fendas branquiais estão localizadas na lateral da cabeça e as nadadeiras peitorais são bem destacadas do corpo. Já as raias, possuem geralmente corpo achatado, as fendas branquiais estão localizadas na região ventral da cabeça e as nadadeiras peitorais são bem desenvolvidas e fundidas à cabeça.
Os elasmobrânquios são animais que apresentam algumas características que fazem deles recursos frágeis, e suscetíveis a pesca excessiva, são elas: crescimento lento, maturação sexual tardia, baixa fecundidade, longos ciclos gestacionais e ciclo de vida longo.
Os tubarões apresentam uma grande diversidade de hábitos alimentares, possuindo espécies que se alimentam filtrando microrganismos da água até as predadores de animais, como invertebrados, peixes, golfinhos, focas e tartarugas. As raias também apresentam hábitos alimentares diversificados, podendo se alimentar de crustáceos planctônicos, invertebrados de fundo a grande peixes.
Em seu ambiente natural, a maior ameaça aos elasmobrânquios é a atividade antrópica, seja ela pela ocupação e degradação dos ambientes costeiros e o aumento do esforço de pesca (seja ela de pequena ou grande escala). A frágil estratégia de vida das espécies de elasmobrânquios aliada ao aumento do esforço pesqueiro, faz com que, em um contexto global, um grande número de espécies têm sido incluídas na Lista vermelha de espécies ameaçadas de extinção da International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN).